A abertura do encontro foi conduzida pelo presidente da OABRJ, Felipe Santa Cruz, que em respeito à memória da parlamentar pediu um minuto de silêncio. O gesto foi seguido pelo grito de “Marielle, presente!”, que ecoou pelo lotado Plenário Evandro Lins e Silva, onde a presença feminina era majoritária. Também compuseram a mesa de honra o tesoureiro da seccional, Luciano Bandeira, e as presidentes da Comissão OAB Mulher/RJ, Marisa Gaudio; da OAB-AL, Fernanda Marinela; da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Eduarda Mourão; da subseção de Iguaba Grande, Margoth Cardoso, e da OAB Mulher de Campo Grande, Denise Lima.
Felipe Santa Cruz disse que, por ser filho de uma militante política, jamais vivenciou o machismo em sua casa. "Precisei virar advogado e ver talentos enormes da advocacia, que começaram comigo e que eram muito melhores e maiores do que eu, serem alijados no processo de crescimento dos escritórios", disse. Para exemplificar o machismo na advocacia, o presidente da seccional apontou a ausência de mulheres na galeria de fotografias dos ex-presidentes da OABRJ e se comprometeu a encampar a luta das advogadas por igualdade.

Felipe Santa Cruz fala sobre igualdade de gênero na advocacia para o lotado Plenário Evandro Lins e Silva
Única mulher atualmente na presidência de uma seccional, Fernanda Marinela falou das conquistas do feminismo e lamentou que as mulheres ainda sejam tratadas como anexos nos partidos políticos, sem participar das deliberações. ”Não podemos dar a ninguém a régua que mede nosso valor”, afirmou a presidente da OAB-AL.