Na sua intervenção, Rita Cortez defendeu o diálogo político como instrumento para enfrentamento da crise. “A política não pode ser demonizada por conta da má conduta de uma única autoridade”, afirmou. Para a advogada, a crise decorrente da pandemia está sendo intensificada pelo histórico de desigualdade social no País. “O poder público não eliminou a pobreza, a falta de emprego, de saneamento básico e de habitações dignas, e agora precisa agir rápido e ampliar os gastos públicos, que não foram feitos anteriormente, para socorrer os excluídos, que serão os mais atingidos pela pandemia”, disse.
A presidente do IAB saiu em defesa do estado democrático de direito e dos direitos trabalhistas. “Precisamos ficar atentos para que a crise não resulte no rompimento da ordem constitucional”, alertou Rita Cortez, que complementou: “A relação de trabalho é sempre a primeira a ser atingida por medidas econômicas, que não podem ser tomadas fragilizando direitos trabalhistas, pois nunca é demais lembrar que são os trabalhadores que produzem as riquezas do País”.
Na sua participação, o professor Raffaele de Giorgi também criticou a falta de combate à pobreza e a omissão do Poder Judiciário em todo o mundo: “Se há uma enorme desigualdade social é porque a interpretação dos direitos humanos pelas cortes, da primeira à última instância, não tem resultado na preservação dos direitos”.
OS MEMBROS DO IAB ATUAM EM DEFESA DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. FILIE-SE!