Segunda, 04 Maio 2020 18:13
Comissão de Direitos Humanos do IAB manifesta preocupação com o avanço da pandemia
A Comissão de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), por meio de mensagem enviada à presidente nacional do IAB, Rita Cortez, manifesta preocupação com as políticas públicas adotadas pelo governo federal para conter a expansão da pandemia. A comissão alerta que “os casos da doença e os óbitos aumentam assustadoramente”, aponta a situação de “fragilidade” em que se encontra a população concentrada nas favelas ou vivendo nas ruas, e critica a falta de “assistência governamental”. No documento, a comissão repudia o comportamento do presidente da República.
De acordo com a mensagem, o presidente, “nesse cenário sombrio, resolveu minimizar a doença, seus efeitos e até o número de mortos”. Os advogados da comissão, que decidiram em reunião virtual extraordinária produzir a mensagem à presidente do IAB, também afirmam: “Mais do que a inércia, o que vemos é uma atuação nefasta, que leva a população a uma exposição maior que a necessária, com a inevitável consequência de contaminação de um número maior de pessoas e empilhamento de corpos de brasileiros”.
Leia a mensagem na íntegra:
A Comissão de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), em reunião virtual extraordinária, resolveu, por unanimidade, expressar à Presidência do IAB sua preocupação com a condução de políticas públicas do governo federal, especialmente neste momento em que avança de forma assustadora o contágio do novo coronavírus entre a população brasileira.
Ninguém ignora que epidemias atingem com maior intensidade as populações em situação de fragilidade. Essa população, em nosso País, está em grande parte concentrada em favelas, mas também nos preocupa o indecente número de pessoas que vivem nas ruas. Em relação a esses últimos, não há qualquer tipo de assistência governamental. Vivem exclusivamente da caridade alheia.
Os casos da doença e os óbitos aumentam assustadoramente.
Nesse sombrio cenário, o presidente da República resolveu minimizar a doença, seus efeitos e até o número de mortos. Mais do que a inércia, o que vemos é uma atuação nefasta, que leva a população a uma exposição maior que a necessária, com a inevitável consequência de contaminação de um número maior de pessoas e empilhamento de corpos de brasileiros.
Não há política clara de prevenção. Não há orientação segura por parte do governo federal. Autoridades em desacordo desorientam a população. Não há um norte para o efetivo combate à epidemia no Brasil.
O presidente da República não governa mais. Optou por ações que denotam exclusivo uso do cargo em interesse pessoal.
Não temos um presidente nessa crise. Temos um governante que age como se ainda estivesse no palanque falando exclusivamente para o seu público.
Brasileiros pobres e miseráveis estão abandonados à própria sorte.
"E daí? O que eu posso fazer?"
Governe o País em prol da população, presidente. Honre o mandato conferido pelo povo. Abandone o papel de mero candidato para um público limitado.
Governe para os brasileiros!
Não é pedir muito.
Rio de Janeiro, 3 de maio de 2020.
Comissão de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)
Leia a mensagem na íntegra:
A Comissão de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), em reunião virtual extraordinária, resolveu, por unanimidade, expressar à Presidência do IAB sua preocupação com a condução de políticas públicas do governo federal, especialmente neste momento em que avança de forma assustadora o contágio do novo coronavírus entre a população brasileira.
Ninguém ignora que epidemias atingem com maior intensidade as populações em situação de fragilidade. Essa população, em nosso País, está em grande parte concentrada em favelas, mas também nos preocupa o indecente número de pessoas que vivem nas ruas. Em relação a esses últimos, não há qualquer tipo de assistência governamental. Vivem exclusivamente da caridade alheia.
Os casos da doença e os óbitos aumentam assustadoramente.
Nesse sombrio cenário, o presidente da República resolveu minimizar a doença, seus efeitos e até o número de mortos. Mais do que a inércia, o que vemos é uma atuação nefasta, que leva a população a uma exposição maior que a necessária, com a inevitável consequência de contaminação de um número maior de pessoas e empilhamento de corpos de brasileiros.
Não há política clara de prevenção. Não há orientação segura por parte do governo federal. Autoridades em desacordo desorientam a população. Não há um norte para o efetivo combate à epidemia no Brasil.
O presidente da República não governa mais. Optou por ações que denotam exclusivo uso do cargo em interesse pessoal.
Não temos um presidente nessa crise. Temos um governante que age como se ainda estivesse no palanque falando exclusivamente para o seu público.
Brasileiros pobres e miseráveis estão abandonados à própria sorte.
"E daí? O que eu posso fazer?"
Governe o País em prol da população, presidente. Honre o mandato conferido pelo povo. Abandone o papel de mero candidato para um público limitado.
Governe para os brasileiros!
Não é pedir muito.
Rio de Janeiro, 3 de maio de 2020.
Comissão de Direitos Humanos do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB)