A mensagem é simples, sem clichês ou frases de efeito. Dirijo-me a essas mulheres, simplesmente, para dizer que a nossa luta se confunde com a que travamos de forma intensa na defesa dos direitos humanos. É, em suma, respeitar e ser respeitada. Nesse movimento universal, contamos com o apoio de homens, negros, indígenas, ciganos, portadores de deficiência, enfim, todos os marginalizados e excluídos. Somos muitos, quando unidos num único propósito.
Não é o nosso espírito maternal ou a nossa sensibilidade feminina que nos autorizam a afirmar que, numa sociedade de tantos retrocessos, faz bem pensar em mudanças radicais pela educação. Educação de qualidade é a nossa aposta para o futuro. Hoje, a proposta é levantar a nossa voz em defesa dos direitos conquistados, das cotas, das medidas que reduzam os níveis de assédio e violência, de garantir direitos previdenciários e trabalhistas.
Sempre é bom ressaltar que o Dia Internacional da Mulher nasceu para lembrar e marcar a luta trabalhista de um grupo de operárias por melhores condições de vida e trabalho.
Não precisamos de mais mártires como Marielle. Precisamos contribuir, com empenho e perseverança, para a formação de um novo pensamento, de uma nova cultura plenamente igualitária, que coloque o ser humano – incluídas nós, mulheres – no centro dos planos econômicos, sociais e políticos, no Brasil e no mundo.
Nós, mulheres, homens, advogados, advogadas, todos os nossos associados e associadas do IAB estamos fazendo a nossa parte.
Viva 8 de março, Dia Internacional da Mulher!
Rita Cortez
Presidente nacional do IAB