Victoria de Sulocki disse que a escravidão negra no Brasil só acabou formalmente. “O que assistimos hoje são corpos negros com os quais o Estado não tem absolutamente nenhuma preocupação”, afirmou. Para a advogada, nada irá mudar enquanto a sociedade brasileira não entender que a escravidão está na raiz dos problemas. “Enquanto nós tivermos essa parcela da população brasileira não sendo reconhecida enquanto pessoa, jovem, adolescente, estudante, nós teremos esse genocídio”, concluiu.

Também participaram do debate, mediado pela jornalista Flávia Oliveira, o defensor público Daniel Lozoyla, o advogado ativista de direitos humanos Rodrigo Mondego e integrantes dos grupos Mães de Manguinhos e Rede de comunidades e movimento contra a violência. A exibição do filme fez parte do projeto Cineclube Direito em Movimento, iniciativa da Caixa de Assistência dos Advogados do RJ (Caarj), que conta com o apoio do IAB.
