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Terça, 08 Março 2022 16:13

‘O maior desafio é inspirar os homens a abraçarem a nossa luta’, afirma Rita Cortez 

No alto, à direita, a presidente nacional do IAB, Rita Cortez No alto, à direita, a presidente nacional do IAB, Rita Cortez

Uma análise sobre os obstáculos sociais ao desenvolvimento dos direitos femininos no século 21 foi o tema central do evento híbrido realizado pela Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), no auditório desembargador Paulo Roberto Leite Ventura, nesta terça-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher. A presidente nacional do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Rita Cortez, integrou virtualmente o painel de abertura e afirmou: “O maior desafio é inspirar os homens a abraçarem a nossa luta, estimular o companheirismo, a solidariedade e o reconhecimento, por parte deles, das nossas competências e qualidades”. Rita Cortez voltou a repudiar as “gravíssimas falas” de teor sexista do deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP) a respeito das mulheres ucranianas. 

A diretora-geral da Emerj, desembargadora Cristina Tereza Gaulia, ao abrir o evento, apresentar as integrantes da mesa de abertura e se referir à presidente nacional do IAB, disse: “Rita Cortez mudou a cara do Instituto e promoveu grandes eventos, como o realizado há duas semanas para discutir o importante tema da visibilidade trans, numa demonstração de que a gestão tem sido progressista e aberto portas para assuntos novos”. Para Rita Cortez, ainda são muitos os obstáculos no caminho das mulheres. Segundo ela, “há uma grande resistência, que começa na família, passa pela escola e desagua invariavelmente no trabalho, no Judiciário, nos partidos políticos, nos meios acadêmicos e nas instituições públicas”. 

Cristina Tereza Gaulia também comentou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres: “É preciso superar obstáculos sociais, econômicos e educacionais, para garantir o desenvolvimento dos direitos femininos no século 21”.  Ainda de acordo com a magistrada, “é necessário também lutar pelo fim dos preconceitos, da violência e dos assédios àquelas que choram, sofrem, levantam a cabeça, trabalham, sentem frio, sentem fome e se vendem para sobreviver e proteger as suas crias, os seus filhotes”. 

 

Da esq. para a dir., Giowana Cambrone, Adriana Ramos de Mello, Cristina Tereza Gaulia e Eunice Haddad

 

O primeiro painel, que tratou do tema Obstáculos sociais ao desenvolvimento do feminismo, foi coordenado pela presidente do Fórum Permanente de Violência Doméstica, Familiar, de Gênero e Idoso da Emerj, juíza Adriana Ramos de Mello. Também participaram a presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj), juíza Eunice Haddad; a coordenadora da Justiça Federal na Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), juíza Priscilla Correa, que representou a presidente da entidade, juíza Renata Gil; a advogada e ativista trans Giowana Cambrone e a professora Sandra Lurine.  

O segundo painel, coordenado pelo desembargador Wagner Cinelli, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), foi dedicado ao debate sobre Feminismo no século 21: feminismo de luta. Participaram as presidentes da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem) do TJRJ, desembargadora Suely Magalhães, e da Comissão da Mulher do IAB, Deborah Prates; a procuradora Carla Araújo, a professora Barbara Lupetti e a advogada Patrícia Sanches.  

O encontro também foi marcado pelo lançamento de dois livros: Metendo a colher, de autoria do desembargador Wagner Cinelli, aborda a cultura machista que permeia diversas relações sociais; Sobre feminismos, escrito pela desembargadora do TJRJ Andréa Pachá e pela professora Vilma Piedade, trata de racismo, envelhecimento, maternidade e solidão.  

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