Sanches destaca, ainda, que o IAB reconhece os avanços alcançados desde a adoção da Declaração de Pequim e lembra “a importância de se continuar lutando pelos direitos das mulheres e meninas em todas as esferas da sociedade, pois ainda há desafios significativos a serem enfrentados”. O documento, ele completa, é firme em destacar “a necessidade de políticas públicas claras para a igualdade de gênero, distante de todas as formas de discriminação e que garantam um futuro digno e justo para todas as meninas e mulheres”.
O Brasil tem registrado avanços na promoção da igualdade de gênero e tem uma força de trabalho formal 44% feminina, de acordo com dados do Dieese divulgados em 2023. No entanto, os desafios do combate ao preconceito ainda persistem: as mulheres enfrentam uma disparidade salarial de 20% em relação aos homens em cargos equivalentes. Além disso, a violência de gênero continua sendo uma preocupação, com mais de 1.300 casos de feminicídio registrados no ano, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
O Dia Internacional da Mulher tem origem em manifestações de mulheres ocorridas no início do século XX por melhores condições de trabalho e direitos políticos. Em 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague, Clara Zetkin propôs a criação de uma jornada anual de protestos em prol dos direitos das mulheres. A data de 8 de março foi escolhida em homenagem às greves das trabalhadoras russas em 1917, que marcaram o início da Revolução Russa. Em 1975, a ONU oficializou a data, reconhecendo a importância da luta contínua por igualdade de gênero.