Professora de Direito Comercial da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/Rio) desde 1986, Pantoja acredita que sempre teve vocação para ensinar: “Gosto muito da reação dos alunos quando percebo que eles compreenderam determinado aspecto do Direito. Sinto-me útil e fico com a impressão de ter contribuído para as vidas deles, assim como muitos outros professores contribuíram para a minha”.
Em sua trajetória de décadas, Pantoja destacou que o educador deve buscar recursos contemporâneos, como vídeos e ferramentas tecnológicas, para manter a aula interessante, sem se descuidar dos princípios fundamentais do ensino, como a formação ética dos alunos. “De nada adianta formarmos bons juristas, se eles e elas usarem suas capacidades para lesar a terceiros. É importante incutir nos jovens princípios éticos, para que da sala de aula saiam pessoas íntegras”, disse ela.
A personalidade de um bom professor, segundo Pantoja, deve envolver muita paciência e bom humor. No entanto, ela ressaltou que a leveza deve caminhar junto aos aspectos práticos do ensino, como a garantia de que os alunos não estão decorando a matéria, mas sim compreendendo a lógica do conteúdo. Por outro lado, ela acredita que a inteligência artificial e as novas tecnologias não devem afastar o corpo discente das obrigações de todo bom aluno. “Quando o assunto é a prática do Direito, não pode faltar a leitura. Mesmo com a IA, não adianta ter as respostas prontas”, opinou Pantoja.
Origem da data – O Dia dos Professores tem sua origem em um decreto imperial de 1827, assinado por D. Pedro I, que criou o Ensino Elementar no País. Esse dia foi escolhido porque marca a criação das primeiras escolas de ensino fundamental e a regulamentação da profissão. No entanto, a comemoração oficial só começou em 1947, quando um grupo de professores de São Paulo decidiu criar um dia para celebrar a carreira do magistério e refletir sobre a importância do ensino.