Representando o IAB, Carmela Grüne conclamou a sociedade a buscar a responsabilização das pessoas envolvidas “nos crimes praticados contra a ordem constitucional e contra a garantia do Estado Democrático de Direito”. Em seu discurso, ela afirmou que a manutenção da democracia e das instituições depende do exercício da cidadania. “Não podemos admitir que a democracia não seja escutada pela voz do povo, que foi soberano nas eleições”, completou a advogada. 

Carmela Grüne Segundo Grüne, a população, da mesma maneira, deve se posicionar diante do poder público. “Todos nós temos que provocar o Judiciário quando houver omissão daqueles que deveriam estar nos resguardando para que hoje possamos manifestar o direito de falar e de se expressar dentro da legalidade e do respeito ao outro, porque não existe democracia sem isso”. O evento foi organizado pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). A realização do ato, de acordo com o presidente da Ajuris, Cláudio Martinewski, “é muito importante para a demonstração, em alto e bom som, do repúdio a qualquer iniciativa que transgrida direitos e prejudique a democracia”. O ato contou com a participação da presidente do Tribunal de Justiça do RS, desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira; do presidente da Assembleia Legislativa do RS, deputado Valdeci Oliveira; do procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa; do procurador-geral de Justiça, Marcelo Lemos Dornelles; dos presidentes do TRE, desembargador Francisco José Moesch, do TRF4, desembargador Federal Ricardo Teixeira do Valle Pereira, e do TRT4, desembargador Federal Francisco Rossal de Araújo; do presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia; do procurador-chefe da Procuradoria da República do RS, Felipe Silva Muller, além de magistrados, representantes e dirigentes de entidades públicas, de classe e associações.