Da esq. para a dir., Philippe Oliveira, Renato Tonini, Ellen Rodrigues, Marcia Dinis, Sydney Sanches, Marcos Luiz Oliveira de Souza, Paulo Fernando de Castro, Edmée da Conceição Ribeiro Cardoso e Paulo Maltz
O formulário, com 10 perguntas sobre formação e atuação profissional, além de identidade e faixa de renda dos associados, pode ser acessado e respondido no site do Instituto. O lançamento também teve a participação da presidente da Comissão de Criminologia, Marcia Dinis, e da consócia Ellen Rodrigues, membro da mesma comissão; dos presidentes das Comissões de Igualdade Racial, Humberto Adami, e de Direito Constitucional, Miro Teixeira; da 1ª vice-presidente da Comissão de Criminologia, Roberta Duboc Pedrinha; dos membros do mesmo grupo Philippe Oliveira, Vanilda Honória dos Santos, Renato Tonini, Rafael Borges e Bruno Joviniano; da ex-presidente do IAB, Rita Cortez; da diretora secretária de Diversidade e Representação Racial do IAB, Edmée da Conceição Ribeiro Cardoso; do diretor ouvidor e Apoio aos Sócios do IAB, Paulo Maltz; do vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Marcos Luiz Oliveira de Souza, e dos consócios André Nicolitt, Mônica Alexandre Santos, Sergio Sant’Anna e Paulo Fernando de Castro.
De acordo com Marcia Dinis, através da implementação do sistema de dados, o Instituto terá práticas mais transparentes e acessíveis. “É nosso dever trabalhar para entender de que forma podemos lutar por uma sociedade menos injusta, e isso passa pelo reconhecimento das diversas e profundas desigualdades que permeiam os nossos espaços”, disse a advogada. Ellen Rodrigues garantiu que, apesar de ser sucinto, o formulário é importante para o pontapé inicial no reconhecimento dos perfis de associados: “Para que tenhamos legitimidade nas ações, precisamos fazer um levantamento dos dados mais urgentes”.
Da esq. para a dir., no alto, Marcia Dinis, Adriana Brasil Guimarães e Sydney Sanches; no meio, Roberta Duboc Pedrinha, Adgerson Sousa e Vanilda Honória; embaixo, Carmela Grüne, Miro Teixeira, Luiz Duarte e Alexandre Bastos
O objetivo principal da ação, de acordo com Roberta Pedrinha, é a democratização do espaço do Instituto. “Para nós é uma conquista histórica acompanhar a nossa instituição dando o primeiro passo nesse mapeamento, para que possamos verificar se temos representados nos nossos membros a diversidade do nosso País”, afirmou. A campanha tem potencial de contribuir para a inclusão de grupos invisibilizados, como negros, mulheres, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência, por exemplo. “Estabelecer um perfil que nos permita trazer representatividade para o IAB também é importante, para que possamos avançar nos debates atuais”, endossou Philippe Oliveira.
As ações afirmativas, para Paulo Maltz, poderão alcançar os grupos de trabalho e comissões do IAB: “Que isso melhore nossa atuação quanto à diversidade, não apenas racial ou de gênero, mas também religiosa”. Em mensagem lida no evento, o presidente da Comissão de Direito e Liberdade Religiosa, Gilberto Garcia, lembrou que “a Casa de Montezuma não é e nem pode ser lugar de pensamento único”. O Censo, nesse cenário, é uma ação definitiva de evolução institucional para o Direito, afirmou Renato Tonini. Na visão de Marcos Luiz Oliveira, “a iniciativa traz o Instituto para mais perto da realidade da massa da advocacia, sem perder a natureza acadêmica da Casa”.
O Censo também dará visibilidade para as lacunas da Casa de Montezuma, disse Bruno Joviniano. “É muito constrangedor observar a ausência de pessoas negras. Podemos verificar que o racismo é tão estrutural que as pessoas sequer percebem isso”, ressaltou o advogado. Humberto Adami também afirmou que há grande probabilidade de que o IAB não encontre dificuldade para contabilizar as pessoas negras, já que o grupo permanece à margem da sociedade. Citando a necessidade de combater práticas racistas que permeiam a estrutura do País, André Nicolitt destacou que “a ação será de grande valia para que o Instituto possa programar as atividades futuras”. Essas ações, segundo Vanilda Honória, serão importantes também para que o IAB avance na contribuição para o direito à igualdade social.
“Quando observamos historicamente, vemos que todos os censos sempre trouxeram resultado positivo, porque a ideia de fazer já impulsiona outras ideias”, destacou Miro Teixeira. Levantar o perfil dos membros, de acordo com Paulo Fernando de Castro, é importante para abarcar as questões mais latentes da sociedade, como os debates de raça, gênero e acessibilidade. “Todo trabalho que parte de dados concretos propicia a criação de projetos próximos da nossa realidade”, endossou Rita Cortez. No mesmo sentido, Edmée da Conceição Cardoso afirmou que o Censo “é uma etapa simbólica, considerando que ainda precisamos de medidas inclusivas para saber quem somos e o que fazemos”.