Outro ponto destacado pelo dirigente da entidade é o perigo da desinformação. No Brasil, quatro em cada 10 pessoas dizem receber fake news diariamente, de acordo com uma pesquisa desenvolvida pelo Poynter Institute com apoio do Google. Para Sydney Sanches, o combate à insegurança no processo de comunicação tem relação direta com a manutenção do Estado Democrático de Direito: “Em tempos de desinformação e concorrência assimétrica das plataformas digitais, prestigiar a imprensa e seu pleno exercício, livre e independente, é reconhecer nos veículos de comunicação e no jornalismo as ferramentas estruturais insubstituíveis para a preservação da notícia responsável, bem como garantir o funcionamento e a vitalidade da democracia”.
O movimento de valorização da independência e da pluralidade da mídia ocasionou a criação do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Ele foi instituído em 1993 pela Organização das Nações Unidas (ONU), depois da sugestão dada pela Declaração de Windhoek. A iniciativa surgiu na conferência ocorrida no mesmo ano na capital da Namíbia, onde a autonomia do trabalho da mídia africana foi discutida. A celebração da data, que passou a ser seguida pelo resto do mundo, também é baseada na Declaração Universal dos Direitos Humanos. No artigo 19 do texto, a liberdade de opinião e a livre difusão de informações são direitos garantidos a todo indivíduo.