O ciclo contou, na sua segunda etapa, na última quarta-feira (12/9), com as palestras feitas pela 1ª vice-presidente da Comissão de Filosofia do Direito, Maria Lucia Gyrão, e pelo 2º vice-presidente, Euclides Lopes. Ao tratar do tema O Direito do Trabalho como fundamento para a cidadania no mundo moderno, Euclides Lopes falou sobre a origem e a evolução do Direito do Trabalho, como também a respeito dos conflitos decorrentes das mudanças feitas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) pela Lei 13.467/17, que instituiu a reforma trabalhista.

Euclides Lopes e Maria Lucia Gyrão
A advogada fez palestra sobre O Direito e a dignidade do trabalhador sob o viés filosófico de Simone Weil. “A filósofa, que nasceu em Paris, em 1909, e morreu na Inglaterra, em 1943, era judia e comunista, mas após vivenciar a experiência de trabalhar como servente e operária, se decepcionou com o comunismo e criou uma filosofia do Direito do Trabalho, com base no conceito de que o pensamento e a ação não se separam”, afirmou Maria Lucia Gyrão.
“Simone Weil repudiou a ideologia comunista, porque, na prática, segundo ela, resultava na opressão e no sofrimento do trabalhador”, complementou. De acordo com a advogada, “a filósofa, diante do limite humano, da dor e do desprezo, tornou-se mística, ao encontrar o caminho da verdade e do amor em Jesus Cristo, o único, na opinião dela, capaz de elevar o ser humano, para que ele consiga suportar o sofrimento”.
