De acordo com Arnon Velmovitsky, “as atrocidades cometidas por Hitler, especialmente o Holocausto, provocou as mortes de milhões de pessoas sem culpa que não haviam cometido qualquer crime, mas foram assassinadas, sem oposição do povo alemão, simplesmente por suas origens, escolhas sexuais ou seu estado físico, ou seja, judeus, ciganos, deficientes físicos e homossexuais”.
Sobre o tema fez palestra o procurador do Estado e diretor-geral da Esap, Rodrigo Borges Valadão, doutorando pela Albert-Ludwigs-Universität Freiburg e mestre em Ciências Jurídicas. Ele disse que, “quando se falava em positivismo jurídico, sempre havia associação direta ao nazismo, e Hans Kelsen aparecia como o grande vilão pela criação dessa teoria”.
Rodrigo Borges Valadão, porém, ressalvou que, “na verdade, Kelsen era judeu, foi perseguido, exilado durante a guerra e, atualmente, é apontado por diversos juristas alemães como o maior teórico da democracia do Século XX”.
O juiz Antonio Aurélio Abi-Ramia Duarte, doutorando pela Universidade de Salamanca, debateu o assunto. “Buscamos aclarar as atrocidades cometidas por um regime nefasto, demonstrando que, ao contrário do que se sustenta, Hitler não atuou com base no ordenamento, mas à margem da norma jurídica”, disse.
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