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IAB envia à presidenta Dilma moção de apoio ao indulto de Natal para mulheres condenadas por tráfico
O presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), Técio Lins e Silva, enviou à presidenta da República, Dilma Rousseff, a moção emitida pela entidade em apoio à campanha pelo indulto de Natal para mulheres condenadas por tráfico de drogas. De acordo com Técio Lins e Silva, a concessão do benefício, que poderá ocorrer por meio de decreto presidencial a ser publicado nos próximos dias, "se faz urgente, necessária, justa e humanitária, permitindo, mesmo que pontualmente, a obtenção de políticas criminais mais democráticas".
Segundo o presidente do IAB, "trata-se de medida que respeita um dos princípios do Estado Democrático de Direito, o da dignidade da pessoa humana, inciso III do artigo 1º da Constituição, propiciando um limite à desproporcionalidade de se manter encarceradas mulheres condenadas por crimes sem violência".
Na moção, o IAB argumenta que as mulheres condenadas pelo crime de tráfico de drogas são, em sua maioria, pobres, negras e mães de dois ou mais filhos, possuem baixa escolaridade, foram presas com pequenas quantidades de drogas e são responsáveis pelo sustento de suas famílias. O documento cita dados oficiais, segundo os quais o encarceramento feminino no Brasil aumentou 567% nos últimos 15 anos, sendo que 58% das mulheres presas foram condenadas por tráfico de drogas.
Ainda conforme a moção do IAB, assinada por Técio Lins e Silva e pela presidente da Comissão de Direito Penal, Victoria de Sulocki, "a concessão do indulto de Natal para essas mulheres contribuirá para a redução dos danos de uma política de drogas repressiva e seletiva que tem como alvo, preferencialmente, os mais pobres e vulneráveis".
Leia a íntegra da moção:
Moção em apoio ao Indulto para Mulheres Condenadas por Tráfico de Drogas
O INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS vem expressar seu apoio à campanha pela concessão de Indulto de Natal, neste ano de 2015, para mulheres presas por tráfico de drogas, posicionando-se no sentido da efetiva constitucionalidade da medida, nestas hipóteses, o que não é vedado pela Carta Magna, art. 5º, inciso XLIII.
Trata-se de medida que respeita de um dos princípios do Estado Democrático de Direito, o da Dignidade da Pessoa Humana, inciso III do artigo 1º da Constituição, permitindo um limite à desproporcionalidade de se manter encarceradas mulheres condenadas por crimes sem violência. Dentre essas, em sua quase totalidade, por pequenas quantidades de drogas, em sua grande maioria, pobres, negras, mães de dois ou mais filhos, com baixa escolaridade e responsáveis pelo sustento de suas famílias.
Diante dos dados oficiais que apontam para o percentual de 58% das mulheres presas por tráfico no Brasil e seu amplo crescimento - 567% nos últimos 15 anos - consideramos que a inclusão dessas mulheres, como beneficiárias do Indulto de Natal, contribuirá para a redução aos danos de uma política de drogas, repressiva e seletiva, que tem como alvo, preferencialmente, os mais pobres e vulneráveis.
A concessão de Indulto de Natal, para essas mulheres, se faz urgente, necessária, justa e humanitária, permitindo, mesmo que pontualmente, a obtenção de políticas criminais mais democráticas.
Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2015.
Técio Lins e Silva
Presidente do IAB
Victoria Sulocki
Presidente da Comissão de Direito Penal
Nota de Falecimento Sebastião Pinto Costa
O Instituto dos Advogados Brasileiros comunica com pesar o falecimento de seu ilustre confrade, membro desta entidade há 23 anos, o advogado Sebastião Pinto Costa, ocorrido no dia 14 de janeiro de 2016.
Rita Cortez representa IAB na posse da Diretoria da OAB Barra da Tijuca
A 2ª vice-presidente Rita Cortez representou o Instituto dos Advogados Brasileiros na solenidade de posse da nova Diretoria e do Conselho da 57ª Subseção da OAB-RJ - Barra da Tijuca para o triênio 2016/2018, realizada no dia 14 de janeiro. Com o desafio de manter a advocacia da Barra alinhada com o crescimento da região, o professor e membro do IAB Cláudio Carneiro tomou posse como presidente da subseção, que é a segunda maior do Rio de Janeiro.
Além de Rita Cortez, que participou da mesa de honra e saudou os empossados, também estava presente o 3º vice-presidente do IAB, Duval Vianna. Representando o presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, o tesoureiro da seccional, Luciano Bandeira, destacou a importância da 57ª Subseção: "O presidente Cláudio Carneiro tem a missão de levar adiante a transformação iniciada por Ricardo Menezes, que presidiu a subseção entre 2013 e 2015", disse Luciano, que foi o primeiro presidente da OAB-Barra da Tijuca.
As prerrogativas do advogado serão prioridade na gestão de Cláudio Carneiro. Ele pretende ampliar e fortalecer a comissão, além de fazer um levantamento de quais são as principais reclamações de desrespeito às prerrogativas no fórum. "Por meio da nossa ouvidoria, que será reestruturada, pretendemos efetivamente ouvir os advogados da região. Durante três meses faremos um levantamento completo, ouvindo o maior número de advogados possível para agir nas principais necessidades do colega da Barra da Tijuca. A estrutura da procuradoria também será ampliada", afirmou.
Reinvindicação antiga dos advogados da região, a construção da nova sede em frente ao fórum da Barra da Tijuca é outra prioridade para o próximo triênio. O novo presidente também pretende ampliar a Escola Superior de Advocacia (ESA) e a atuação das comissões temáticas. "Daremos apoio a sociedade local com nossas comissões. A Barra da Tijuca continuará em destaque esse ano com as Olimpíadas e as Paraolimpíadas e já temos uma comissão específica sobre o assunto, além de também participarmos de conselho de segurança, de discussões sobre mobilidade urbana", disse.
Entre as autoridades presentes, estavam o ex-presidente do Conselho Federal da OAB Seabra Fagundes; o procurador-geral da OAB-RJ, Fábio Nogueira; o ex-presidente da OAB/Barra da Tijuca Ricardo Menezes, e os presidentes da Caarj, Marcelo Oliveira, e da Acat, Luis André Verssestein.
Nova diretoria:
Presidente - Claudio Carneiro Bezerra Pinto Coelho
Vice-presidente - Marcus Antonio Silva Soares
Secretário-geral - Ricardo Carvalho Braga dos Santos
Secretário Adjunto - Célio Celli de Oliveira Lima
Tesoureira - Christianne Bernardo da Silva
Nota de falecimento
É com profundo pesar que o Instituto dos Advogados Brasileiros convida a comunidade jurídica para o velório do Advogado HERMANN ASSIS BAETA, que foi Presidente do IAB de 1996 a 1998, onde ingressou como membro em 1983 e, desde então, compartilhava com seus consócios toda sua bravura, competência e incansável dedicação à advocacia. Seu corpo será velado no Memorial do Carmo, dia 23.01.2016, às 09hs, na capela 02 e cremado no mesmo local, às 16h.
Técio Lins e Silva, Presidente Nacional do IAB.
Perfil
Hermann Assis Baeta nasceu em Coruripe, Alagoas, no dia 1º de dezembro de 1931. Iniciou seus estudos jurídicos na Faculdade de Direito de Alagoas e bacharelou-se, em 1962, pela Faculdade Nacional de Direito, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Ativista do movimento estudantil, chegou a ser secretário-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE) e participou, como convidado da União Internacional dos Estudantes, do Fórum Mundial da Juventude realizado em Moscou. Após o término do Fórum, dirigiu-se ao Marrocos onde participou da criação da União Geral dos Estudantes da África Negra, ainda sob domínio colonial português.
Ingressou no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em 1975, chegando ao cargo de Secretário-Geral em 1981, Vice-Presidente entre 1983 e 1985, e Presidente Nacional da OAB na gestão de 1985 a 1987.
Sob o comando de Baeta, a OAB liderou o movimento que reivindicava a realização de uma Assembléia Nacional Constituinte livre e soberana, rechaçando a idéia de um Congresso Constituinte e suas mazelas biônicas. Em 1986, empenhou-se e realizou a transferência da sede do Conselho Federal do Rio de Janeiro para a Capital da República, em Brasília (datada de 18/09/86), de conformidade com o mandamento estatutário de 1963.
Defendeu a Reforma do Judiciário, destacando sempre o Conselho Nacional de Justiça, de forma a criar-se o chamado Controle Externo do Judiciário.
(Fonte: Centro Cultural Evandro Lins e Silva da OAB Federal)